terça-feira, 30 de maio de 2017

EE Olga Cury-3ºanos-maio 2017- Atividade: Elabore uma redação dissertativa sobre o tema: A verdade do auqecimento global- entregar até o dia 09/06/2016









A leitura do presente artigo tem como objetivo subsidiar a resolução das questões do formulário Google,  e a avaliação bimestral.







Efeitos do Aquecimento Global no Planeta

O que pode acontecer com nosso planeta caso o aquecimento global continue aumentando






Introdução 




A emissão descontrolada de gases poluentes tem provocado em nosso planeta um significativo aumento da temperatura global nas últimas décadas. Caso o homem não tome nenhuma medida para evitar estas mudanças climáticas, o meio ambiente pode apresentar uma série de problemas com consequências desastrosas para a vida em nosso planeta.

Efeitos do Aquecimento Global no planeta

Caso o homem não diminua a emissão de gases do efeito estufa nos próximos anos, podemos enfrentar as seguintes consequências:

Resultado de imagem para imagem aquecimento global




Desertificação: com o aumento da temperatura global pode transformar florestas em desertos ou savanas. A Floresta Amazônica poderia ser drasticamente afetada e transformada em savana.

Derretimento das geleiras dos pólos do planeta: este efeito já é notado e tem causado o aumento no nível das águas dos oceanos e prejudicado a vida de espécies animais que vivem nestas regiões. Este efeito também pode provocar o alagamento de diversas cidades costeiras no mundo.
Os topos de algumas montanhas, que antes eram cobertas por gelo, também estão sofrendo com o aquecimento global. Este efeito tem modificado o ciclo de vida da fauna nestas montanhas, podendo provocar a médio prazo a extinção de animais.

Migrações em massa de pessoas: o alagamento de cidades e o aquecimento da temperatura em algumas regiões do mundo, podem provocar a migração de milhões de pessoas, provocando sérios problemas sociais nas regiões que receberão estes migrantes.

Problemas na agricultura: o aumento da temperatura global pode provocar sérios problemas na agricultura. Diminuindo a produção de alimentos no mundo, podemos ter milhões de pessoas morrendo de fome, principalmente nas áreas mais pobres do planeta.

Epidemias: o aumento da temperatura pode elevar a quantidade de mosquitos transmissores de doenças, principalmente em regiões tropicais e equatoriais. Doenças como a dengue e a malária podem fazer milhões de vítimas nestas áreas. Pode também haver a migração destes mosquitos para regiões que antes possuíam clima frio, disseminando ainda mais estas doenças pelo mundo.

Desastres ambientais: o aumento da temperatura global pode aumentar a quantidade e força de furacões e tornados em várias regiões do planeta.

Você sabia?

- Se a temperatura do planeta aumentar de 2ºC a 3ºC poderá ocorrer o derretimento das geleiras de quase todas as montanhas. Poderá também ocorrer falta de água em várias partes do planeta, assim como a diminuição significativa dos recifes de corais.

    (Fonte: Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).


    O que é Aquecimento Global? Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra que pode ser consequência de causas naturais e atividades humanas. Isto se deve principalmente ao aumento das emissões de gases na atmosfera que causam o efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2).

    O que é Efeito Estufa?

    O Efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a superfície da terra, essa camada composta principalmente por gás carbônico (CO²), metano (CH4), N²O (óxido nitroso) e vapor d água, é um fenômeno natural fundamental para manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.

    Normalmente parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna diretamente para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e uma parte é retida por esta camada de gases que causa o chamado efeito estufa. O problema não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa (GEEs), esta camada tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando o aquecimento global.

    Quais as principais consequências do aquecimento global?

    São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta. Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas.

    Quais as causas das mudanças climáticas e do aquecimento global?

    As mudanças climáticas podem ter causas naturais como alterações na radiação solar e dos movimentos orbitais da Terra ou podem ser consequência das atividades humanas.

    O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.

    A partir da Revolução Industrial o homem passou a emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa (GEE), em especial o dióxido de carbono. Neste período, a concentração original de 280 ppm4 deste gás cresceu até os atuais 400 ppm5 , intensificando significativamente o efeito estufa. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas.

    Quais as principais atividades humanas que causam o aquecimento global?

    Entre as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e consequentemente as mudanças climáticas, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.

    No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO². Mas quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE por outras atividades como agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos.

    Quais são os principais gases de efeito estufa (GEE)?

    Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. O CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global, pois representa mais de 70% das emissões de GEE e o seu tempo de permanência é de no mínimo cem anos, resultando em impactos no clima ao longo de séculos. A quantidade de metano (CH4) emitida para a atmosfera é bem menor, mas seu potencial de aquecimento é vinte vezes superior ao do CO2. No caso do óxido nitroso e dos clorofluorcarbonos (CFCs), suas concentrações na atmosfera são menores, mas o seu poder de reter calor é de 310 a 7.100 vezes maior do que do que o CO2.

    Quais são os países que mais emitem gases de efeito estufa?

    Historicamente, por conta do desenvolvimento industrial os países desenvolvidos tem sido responsáveis pela maior parte das emissões de GEE, mas os países em desenvolvimento vêm aumentando consideravelmente suas emissões. Atualmente, a China ocupa o primeiro lugar do ranking, seguido por Estados Unidos, União Europeia e pelo Brasil.

    E o que podemos fazer para combater o aquecimento global?
    Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e os efeitos no aquecimento global. Diminuir o desmatamento, investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, incentivar o uso de energias renováveis não convencionais (solar, eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas), preferir utilizar biocombustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel), investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética, reduzir, reaproveitar e reciclar materiais, investir em tecnologias de baixo carbono, melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE, são algumas das possibilidades. E estas medidas podem ser estabelecidas através de políticas nacionais e internacionais de clima.

    O que faz a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima?

    A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês) é uma base de cooperação internacional em que os seus países membros buscam estabelecer políticas para reduzir e estabilizar as emissões de gases de efeito estufa em um nível na qual as atividades humanas não interfiram seriamente nos processos climáticos.

    A primeira reunião aconteceu em 1992 durante a Eco 92, Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, o texto da convenção foi assinado e ratificado por 175 países, reconhecendo a necessidade de um esforço global para o enfrentamento das questões climáticas. Com a entrada em vigor da Convenção do Clima, os representantes dos diferentes países passaram a se reunir anualmente para discutir a sua implementação, estas reuniões são chamadas de Conferências das Partes (COPs).

    O que é Protocolo de Quioto?

    O Protocolo de Quioto assinado é um tratado internacional que estipulou as metas de reduções obrigatórias dos principais gases de efeito estufa para o período de 2008 a 2012. Apesar da resistência por parte de alguns países desenvolvidos foi acordado o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada. Assim, os países desenvolvidos e industrializados (pertencentes ao Anexo I) por serem responsáveis históricos das emissões e por terem mais condições econômicas para arcar com os custos seriam os primeiros a assumir as metas de redução até 2012.

    Em 2012, durante a COP 18 em Doha, quando estava previsto a finalização do Protocolo de Quioto, foi observado o não atingimento das metas por diversos países e o protocolo foi prorrogado até 2020. Em 2020, quando o Protocolo de Kyoto perder sua validade, espera-se que os países busquem um novo acordo com metas para todos os países, incluindo os países em desenvolvimento. Essa será a principal discussão da COP de 2015, em Paris.

    O que é MDL?

    O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um instrumento que integra o Protocolo de Quioto e permite que os países desenvolvidos pertencentes ao Anexo I invistam em projetos para redução de emissões em países em desenvolvimento. As emissões reduzidas são contabilizadas e geram créditos de carbono que podem ser comercializadas no comércio de emissões. Este instrumento de mercado possibilita que os países que tenham obrigatoriedade de reduzir suas emissões possam comprar créditos de carbono de um país que já tenha atingido a sua meta, e, portanto, tem créditos excedentes para vender.

    O que é REDD?

    REDD é uma sigla que significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, este mecanismo foi criado para incentivar que as florestas sejam preservadas para evitar o desmatamento e consequentemente as emissões de gases de efeito estufa. Este mecanismo surgiu em 2013, durante a Conferência das Partes em Bali na Indonésia, posteriormente incluíram no seu conceito atividades de conservação, manejo sustentável das florestas em países em desenvolvimento, denominado REED+ (REED plus, em inglês). Embora a Política Internacional de REDD ainda esteja em construção, já existe uma série de iniciativas no mundo que estão aplicando este mecanismo. No Brasil o WWF em parceria com o governo do Acre vem apoiando a construção do REDD no âmbito do programa de pagamentos por serviços ambientais. O REDD é uma importante ferramenta para os países com florestas nativas para contribuir para a conservação, redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. 




    Vídeo 1 - Professor da USP FALA SOBRE A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL 
    Acesse o vídeo através do Link abaixo:
    Publicado em 9 de mai de 2012 - Professor da USP Ricardo Augusto Felicio



    Vídeo 2 - Aquecimento Global, especialistas falam das principais ameaças 
    Acesse o vídeo através do  Link    https://youtu.be/5I1AmD5o1qk      
    Publicado em 24 de jun de 2012
    Especialistas debatem as principais ameaças do aquecimento global no mundo. Enquanto a Rio+20 se aproxima de seus momentos decisivos, cientistas brasileiros alertam para os riscos reais do aquecimento global nas próximas décadas. Convidados discutem causas e possíveis soluções para este problema, que afeta todo o mundo. Programa Entre Aspas exibido em 21/06/2012 .
    DESMATAMENTO ZERO: Precisamos recolher 1,4 milhões de assinaturas para criar uma lei do Desmatamento Zero no Brasil. Assine e divulgue o Liga das Florestas entre seus familiares e amigos. Só assim vamos construir juntos o futuro de um país mais verde.






                      














      E.E. Oga Cury - 1º anos - entregar até:07/06/2017 - Atividade: Leitura textual para subsídio da resolução da atividade no corpo do texto, e em seguida assista ao vídeo.

      ATENÇÃO: A leitura desse texto é uma ferramenta importante de  subsídio para a sua avaliação BIMESTRAL.


      OS ESTADOS UNIDOS E A NOVA "DESORDEM" MUNDIAL

      GEOPOLÍTICA, são ações políticas e de estratégia que os estados adotam para administrar ou defender seu território. É uma palavra de uso interdisciplinar pois tudo o que se relaciona com a Geopolítica está vinculado ao desenvolvimento, relações sociais, econômicas, políticas, e no nosso dia-a-dia. Há uma relação muito estreita com as Ciências Humanas e Ciências Sociais com aplicação nas Ciências da natureza. A Geopolítica nas relações internacionais entre as Nações leva em consideração os processos políticos e as características geográficas praticamente em todo o contexto no qual está inter-relacionada. Sejam nas delimitações dos territórios, os recursos naturais existentes, o meio ambiente, a abrangência política de um estado, inclusive além de suas fronteiras, como os EUA atualmente. Podemos resumir em gerenciamentos dos espaços.










      PRATICANDO:
      1.Existe um termo muito utilizado para se falar da situação mundial, das relações  dos conflitos internacionais: "geopolítica". O que há por trás dessa palavra que mistura os termos "geo" e "política"? Será uma mistura de geografia e política? Justifique sua resposta.
      2. A invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, derrubou o presidente Saddam Hussein. Responda:

       a) A Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em outubro de 1945, após o final da 11 Guerra Mundial, tem como unica de suas funções tentar resolver conflitos internacionais. A invasão do fraque pelos Estados Unidos foi discutida na ONU? Por qual órgão da entidade? Que países participaram dessa discussão?
      b) A ONU aprovou a invasão? Todos os países estavam de acordo com os Estados Unidos? Em caso negativo, quais se manifestaram contra?
      c) Um ano antes de ocupar o Iraque, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão. Onde se localizam esses dois países? O que você sabe a respeito dessa região do mundo?
      d) Por que, em um prazo tão curto, os EUA invadiram militarmente o Afeganistão e o Iraque? Qual é a relação dessa invasão com o atentado terrorista aos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001? Justifique.

      Leitura e Análise de Mapa
      Para responder às questões abaixo, veja o mapa seguir, que mostra uma idéia de "ordem mundial".
      1. Procure localizar e identificar as áreas onde havia fronteiras fechadas durante a Guerra Fria (observe a legenda, se for necessário).

      2. Por que essa idéia de fechamento nesse período? Isso tem a ver com a ampliação das relações das superpotências da época? Quais eram essas superpotências?

      3. Você sabia que a área sob influência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi chamada de Cortina de Ferro? Por que o mundo sob influência da URSS estava se fechando à poderosa influência da superpotência americana? Esse fato não indica a grande importância existente na capacidade geográfica dos países de atuar na arena internacional? Justifique.

      Leitura e Análise de Texto
      Leia o texto e assinale todas as passagens que abordam as ações do governo do EUA voltadas para o exterior com vistas a: a) ampliar seu território; b) proteger seu território; c) aumentar sua influência regional. Para cada tipo de ação, use uma cor diferente para grifar o texto.


      A "vocação" geopolítica dos EUA
      No curso da História, a potência de um Estado nacional territorial se manifestou por ações de dominação, tanto econômicas como culturais; pela conquista de territórios, quando populações foram destruídas, submetidas, assimiladas ou incorporadas ao Estado mais poderoso. Mas a potência também se manifestou como proteção com relação aos Estados mais frágeis. Aumentar o número de aliados, em especial, se são vizinhos, ajudou a resistir a invasões e agressões de outras potências.
      Os EUA, a grande superpotência do mundo contemporâneo, inscreve-se nessa história desde a sua independência. Um marco notório da sua postura geopolítica ativa ficou conhecido como a Doutrina Monroe. Em 2 de dezembro de 1823, o presidente James Monroe enviou ao Congresso americano a seguinte mensagem:
      "Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia."
      A prevenção contra as potências colonizadoras européias da época, para proteção de seu território em constituição, passava pela aliança com os países vizinhos das Américas do Norte, Central e do Sul e pelo apoio a esses países contra essas mesmas potências. Aliás, Monroe foi o primeiro presidente a reconhecer as colônias espanholas como independentes. Pode-se afirmar que nesse momento apenas se configurava o que já havia sido fecundado anteriormente e enunciado pelos seus primeiros presidentes, como George Washington e Thomas Jefferson.
      Posteriormente, respaldados nessa visão geopolítica de proteção contra outras potências, os EUA partiram para a ampliação do seu próprio território. Além de acordos amigáveis e da compra de territórios, os EUA também fizeram guerras e submeteram outros povos, como testemunham as brutais ações militares contra indígenas e mexicanos durante o processo de ampliação do território americano para o Oeste (chegando até o Oceano Pacífico) e para o Sul.
      Alguns anos depois, um novo presidente, James Knox Polk, exacerbou o conteúdo da Doutrina Monroe, que pregava que "a América é para americanos". Com Polk ampliou-se a influência direta no contexto americano, o que já mostra o pais como potência que cria uma ordem regional, no caso. Este presidente defendia a idéia de que os EUA estariam abertos a qualquer pais que estivesse disposto a anexar-se a ele. Na verdade, isso pode ser interpretado como uma justificativa para a anexação de antigas áreas coloniais espanholas: Texas, Novo México, Califórnia, Colorado, Utah e Arizona, que estavam associadas ao México. Com isso, este último foi despojado de 2/3 do seu território na época.
      Em meados do século XIX, a ampliação do território dos EUA continuava alternando compras, acordos e anexações. Os Estados Unidos adquiriram dimensões continentais. Mas àquela altura o país se dividia internamente entre os interesses do Norte, que almejava modernização econômica e o fim da escravidão, e os interesses do Sul, dominado por uma aristocracia agrária sustentada pela escravidão. Esses interesses inconciliáveis redundaram em uma guerra civil que terminaria com a derrota do Sul. A partir dai, o pais entrou em um período de grande desenvolvimento.
      A expansão da rede ferroviária e de comunicação teve um papel fundamental na consolidação geográfica desse território continental e na coesão de uma sociedade ainda desarticulada. Some-se a isso o enorme desenvolvimento agrícola no Sul e no Oeste, que de nada adiantaria se o escoamento dessa produção não fosse protegido por uma legislação que garantisse reserva de mercado e restringisse produtos estrangeiros, o que é um exemplo de ação geopolítica. Tudo isso contribuiu para que os EUA alcançassem a liderança política nas Américas, acentuada por ações cada vez mais agressivas nas Américas Central e do Sul. Na época já se falava no imperialismo americano, expressão até hoje brandida por muitas lideranças e forças políticas do continente.
      No século XX, por exemplo, a América Central foi alvo de uma formidável ação geopolítica dos EUA, ação essa caracterizada pelo expansionismo econômico e pelo militarismo protetor. Os investimentos na área foram significativos, passando inclusive pela construção de uma infra-estruturar de porte: o Canal do Panamá.
      Quando esse investimento correu o risco de ser "apropriado" pelas forças locais dos países da América Central, ações intervencionistas foram realizadas em nome da liberdade, da democracia, figuras de um bem comum que não existem realmente. Isso deixa esse intervencionismo nu, revelando sua verdadeira motivação: os interesses próprios dos EUA e a auto-proteção, a qualquer custo e em qualquer território, de seus negócios.

      1)-Comparando-se essa trajetória dos Estados Unidos com a do Brasil, existem pontos semelhantes e na mesma quantidade no que diz respeito às ações em relação aos seus vizinhos e ao mundo? Justifique.

      2)-Considerando o que foi lido, você acha que se pode definir geopolítica como aquela ação voltada para o exterior (para os vizinhos e o mundo), visando à defesa dos interesses e às estratégias de expansão do poder de uma nação? Justifique, usando o exemplo dos Estados Unidos.

      3)-O Estado nacional e territorial dos Estados Unidos (a sociedade americana) declararam seus motivos para invadir o Iraque. Que outros motivos pode ter tido o governo americano para essa invasão? Justifique com base no texto.

      4)-O que faz com que o governo americano, o Congresso americano, sua população, enfim, decidam pela guerra, se outros países, até mesmo aliados, são contra? Essa ousadia geopolítica dos Estados Unidos pode ser atribuída à sua condição de única superpotência contemporânea? Argumente.

      APRENDENDO A APRENDER
      A história da formação dos EUA, uma superpotência, pode ser objeto de várias atividades de aprofundamento. E aqui você pode aproveitar uma oportunidade que vem do próprio poderio dos EUA: o cinema americano. Essa manifestação é muito familiar: está em grande quantidade nas salas de cinema, mas também nos vídeos-locadora e na televisão. Além da diversão, com orientação, é possível usar os filmes americanos como fonte de aprendizado da geopolítica em si e da ação geopolítica americana no mundo. Você já reparou quantos filmes de guerra o cinema americano produz? Você já reparou que existem filmes que já retratam episódios da história recente, como a guerra no Iraque? Quando você assistir a um filme dessa natureza, procure ficar atento às localidades; às questões levantadas; aos interesses que estão em jogo etc. Tudo isso é bastante útil.

      A Doutrina Bush e "A Síndrome do 11 de setembro"
      Após o ano de 2001, uma data ganhou a condição de síndrome mundial: o 11 de setembro. O desabamento das torres gêmeas e o ataque ao Pentágono demonstraram-se como um acontecimento excepcional e altamente revelador. A partir dele, abriram-se as comportas para a interpretação do jogo geopolítico, das relações de poder e dos processos de dominação em escala mundial.
      Após estes seis anos, com a dissipação da poeira da História, é possível compreender melhor as razões e os propósitos que justificam a escalada do terror e as novas cartadas em jogo no sistema internacional.
      A Doutrina Bush é a Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, encaminhada pelo presidente George W. Bush ao Congresso em setembro de 2002, sob o impacto dos atentados de 11 de setembro de 2001, e revista no segundo mandato, em março de 2006. Trata-se, de fato, de uma articulação de direita que, desde 1970, tenta impor suas idéias para mudar os rumos da política externa americana, com o intuito de criar as condições para um novo Oriente Médio, 'no qual os EUA teriam influências diretas.
      Logo após os ataques de 11 de setembro, análises conservadoras apontavam que os futuros conflitos adviriam de um choque entre o Ocidente, judaico-cristão, e o Oriente, islâmico e multifacetado, o que configurava a adoção de uma postura maniqueísta do Bem contra o Mal.
      O alvo da Doutrina Bush não se resume, apenas, a combater o terrorismo islâmico. Ela nada mais é do que o início da aplicação da teoria dos falcões, ou seja, do novo imperialismo alinhado com Israel. Após o bárbaro ataque às torres gêmeas e ao Pentágono, a sociedade americana, antes relutante em apoiar projetos de intervenção direta, passou a endossar as medidas de exceção.
      A Doutrina Bush, ao criar o "eixo do mal", criou também as condições para perpetuar o que o escritor Demétrio Magnoli denomina "época de barbárie", ou seja, não é uma declaração de guerra a um Estado, mas ao terror, e este é difuso e não tem residência fixa.
      Cabe, sem dúvida, uma reflexão acerca do conceito de terrorismo. Teoricamente considera-se terrorismo "o uso da violência sistemática, com objetivos políticos, contra civis ou alvos militares que não estejam em operação de guerra". Como explicar, porém, ações de Estado como os ataques a Hiroshima e Nagasaki, ao final de II Guerra Mundial, e as ações israelenses nos territórios palestinos e agora no Sul do Líbano? Há que se estabelecer uma nova classificação de terrorismo — o de Estado. E é por meio dele que as potências militares sustentam a tese de que a melhor defesa é o ataque.
      Geografia - 1 série - Volume 1
      SILVA, Angela Corrêa da. A síndrome do 11. Discutindo Geografia, São Paulo: Escala Educacional, 2006. Adaptado.

      1. Como aparece a palavra "geopolítica" nesse texto? Como ela é empregada para se referir às estratégias dos EUA no Oriente Médio?

      2. Considerando-se a dimensão da geopolítica que corresponde à defesa do seu território, em que passagem do texto pode ser identificada essa dimensão? Essa dimensão já aparecia nas ações históricas dos EUA? Vale consultar o texto anterior para essa resposta.

      3. Outra dimensão da geopolítica é a ação fora do seu território, buscando aumentar a influência do país sobre os seus vizinhos, por exemplo. Nesse sentido, compare as ações mencionadas no texto "A 'vocação' geopolítica dos EUA" com as que aparecem no texto "A Doutrina Bush e A Síndrome do 11 de setembro". O que mudou?

      4. A Doutrina Bush é coerente com a denominada Doutrina Truman. Pode-se dizer que a partir deste momento as ações geopolíticas americanas já haviam adquirido escala mundial, quer dizer, tinham deixado de ser de escala regional? Justifique.



      Força militar
      O poderio bélico organizado com grandes exércitos e armamento moderno


      Força econômica
      O poder no comércio mundial, na capacidade produtiva de suas empresas e da imposição de seus interesses a outros parceiros comerciais etc.
      Força cultural
      A capacidade de propagação de valores culturais além da escala nacional, com a utilização, para tal, de produtos estéticos (cinema, televisão, música, literatura etc.)
      Força geográfica (força espacial)
      Trata-se da força espacial, que é a capacidade de fazer chegar influências de diversos tipos (em especial culturais), mercadorias, exércitos etc. a áreas para além do seu território.


      Considerando a ordem mundial, estruturada, antes de tudo, pelas potências que têm a capacidade de fazer existir um mundo, e não um conjunto de sociedades territoriais isoladas, ainda se pode acrescentar alguns comentários para a sua reflexão, em uma problematização.
      Ø    As potências disputam terreno e espaço, como era claro na ordem mundial cujas colunas básicas eram EUA e URSS (do fim da Segunda Guerra Mundial ao final dos anos 1980)

      Ø    Seus acordos e enfrentamentos mantiveram um certo equilíbrio no planeta, no sistema mundial, mas não impediram múltiplas guerras locais e conflitos regionais, que sangraram várias sociedades do planeta.

      Ø    Na presente ordem mundial, acrescentam-se à força dos Estados nacionais territoriais aquela das grandes corporações econômicas (sistema produtivo, financeiro, serviços) que faz, também, uma espécie de “geopolítica”. Soma-se também a força das instituições religiosas, de larga difusão, e da ideologia (esta última enfraquecida com a decadência do mundo socialista).


      A ação da única superpotência, das outras potências e dos países com a margem de manobra mais restrita, nessa ordem mundial, não é orientada pela política convencional, e sim pela geopolítica.

      A vocação geopolítica do EUA

      A questão da invasão dos EUA ao Iraque
      Antes de invadir o Iraque , os EUA tentaram uma aprovação , um apoio da ONU. Não conseguiram. Mesmo assim atacaram aquele país do Oriente Médio. Vomo pode ser julgada essa atitude dos estadunidenses que, mesmo perdendo uma votação, não a respeitaram? O que faz que o governo estadunidense, o Congresso, sua população, enfim, descida pela guerra, se outros países, inclusive aliados, são contra a ação militar?
       A resposta seria: a lógica geopolítica. O Estado nacional e territorial dos EUA (a sociedade estadunidense) tem interesses específicos, e somente ele são levados em consideração. Suas necessidades são a única referência, e não as da humanidade, ou as do bem comum, diferentemente da política interna de sua própria sociedade.
      Pois bem, na arena internacional, um país atua  defendendo o seu bem comum. Uma reflexão possível e reveladora é a que se faz sobre o uso, pelos nativos dos Estados Unidos, do adjetivo pátrio “americanos”. Eles reivindicam para si essa designação, embora o país se chame Estados Unidos da América. Pela lógica, o natural seria utilizar “estadunidense” para quem lá nasceu. “Americanos” seriam todos os originários do continente americano. Nós, brasileiros, somos eventualmente chamados de sul-americanos mas apenas para ressaltar nossa origem continental – nossa identidade nacional é brasileira. Com os estadunidenses, isso não ocorre. Eles próprios estão habituados a dizer que vivem na “América”, em referência ao próprio país.

      Ufa...finalmente terminei. Pipoca e refrigerante, vou assistir ao vídeo.

      Vídeo: Geografia com Games 05 - Geopolítica - EUA vs O Mundo              
      Acesse o vídeo através do Link   https://youtu.be/b6yOB4Ht6dw



















           

      E.E.OLGA CURY-1ºANOS-2017- LINK formulário-questões-enviar até o dia 05/06/2017

      1º B https://goo.gl/forms/xTlnCkzC6Jww5pgC3

      1º C https://goo.gl/forms/UpxApat4YUJnNtAl1

      segunda-feira, 29 de maio de 2017

      E.E.OLGA CURY- 3º ANOS - 2017-Seis perguntas para entender a crise humanitária de refugiados na Europa

       

      Faça a análise da leitura do artigo, e elabore um resumo para entrega na semana de 05/06 a 08/06/2017.

         

      O QUE É UM  RESUMO: uma concentração de idéias sem quebra de sentido, obedecendo ao fio lógico do texto. O Resumo facilita o trabalho de captar, analisar, fixar e integrar o que está sendo estudado. Nele as idéias principais do texto deveram ser destacadas.Quem resume apresenta com as próprias palavras os pontos relevantes de um texto, procurando expressar suas idéias essenciais na progressão e no encadeamento em que aparecem. No resumo não pode apresentar juízo crítico ou comentários pessoais, também deve se evitar transcrições das frases originais.


      Milhares de refugiados chegam às fronteiras europeias fugindo de guerras, pobreza e violência, em sua maioria, oriundos de regiões do Oriente Médio e da África

      TERESA PEROSA
      04/09/2015 - 23h02 - Atualizado 22/12/2015 18h41

      A imagem do menino sírio Aylan Kurdi em uma praia turca, morto afogado em um naufrágio, chocou e sensibilizou o mundo todo para a crise vivida pelos refugiados que buscam abrigo na Europa. O aumento na procura pelo continente por parte de imigrantes e pleiteantes de asilo não é de hoje. O que explica, então, a súbita eclosão do caos humanitário na região?
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      As respostas revelam a permanência da incapacidade dos governos europeus em lidar com um fato recorrente e previsível do mundo contemporâneo – o trânsito de pessoas fugindo de guerras, pobreza, desastres naturais e da falta de perspectiva de uma vida decente. Elas são refugiadas em um mundo que foi capaz de derrubar as barreiras para o alcance e livre circulação de capitais e de informação, mas que multiplicou o número de muros e cercas divisórias entre fronteiras físicas e regiões de tensão.
      Oficial encontra corpo sem vida de uma criança refugiada, que morreu enquanto seguia para ilha grega de Kos (Foto: AP Photo/DHA)
      O que está acontecendo na Europa?

      Nos últimos meses, milhares de refugiados e pleiteantes de asilo chegaram às fronteiras europeias, fugindo de guerras, pobreza e violência, em sua maioria, oriundos de regiões do Oriente Médio e da África. Trata-se de uma tendência que se verificava pelo menos desde o ano passado. Em 2014, o número de pessoas que chegou à Europa em busca de asilo e refúgio aumentou significativamente em relação aos anos anteriores. Mais de 700 mil pessoas pediram asilo na Europa no ano passado, um aumento de 47% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
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      Em 2015, só no primeiro quadrimestre, o número de pedidos já ultrapassava 184 mil, segundo o bureau estatístico da União Europeia, o Eurostat. Além dos pedidos de asilo, este ano, o número de pessoas que chegou ao continente por meios considerados irregulares foi estimado em 340 mil pela agência europeia Frontex, responsável pelo monitoramento de fronteiras dos países do continente. Em julho, esse fluxo atingiu seu pico – mais de 107 mil pessoas chegaram ao continente buscando abrigo.
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      Em agosto, com o aumento do fluxo, a Alemanha, principal receptora de pedidos de refúgio na região, estimou que deve registrar pelo menos 800 mil pedidos de asilo até o fim de 2015. Caos, falta de acomodações e desespero são agora parte da rotina em locais como a cidade francesa de Calais, na fronteira com o Reino Unido; em Lampedusa, na Itália; nas ilhas gregas de Kos e Lesbos e, mais recentemente, em Budapeste, na Hungria; onde imigrantes acampam nas proximidades da principal estação de trem da cidade, a espera do embarque rumo ao norte, em direção à Alemanha, aos países nórdicos e ao Reino Unido.
      Quem são esses refugiados?

      Dentre os principais grupos de refugiados que chegam atualmente à Europa estão sírios, afegãos, iraquianos, paquistaneses, eritreus, somalianos e nigerianos. Fugindo de guerras, violência, pobreza e falta de perspectivas, não hesitam em optar por rotas de alto risco, a pé ou pelo Mediterrâneo, na expectativa de uma vida melhor, na Europa.
      O que causou a crise atual?

      As autoridades europeias têm sido acusadas de protelarem a implementação de soluções eficazes, que passariam por uma aceleração do processo de concessão de asilos. Dentre as estratégias adotadas desde o ano passado, destacou-se a tentativa de impedir a chegada dos refugiados ao território europeu. Optou-se, por exemplo, por intensificar o combate às gangues de coiotes, que transportavam os refugiados por terra ou por mar. O governo italiano também reduziu suas operações de resgate no Mediterrâneo, uma vez que a lei marítima internacional obriga qualquer navio a prestar socorro a uma embarcação que pede socorro – caso dos precários botes e barcos lotados de refugiados que tentam chegar do norte da África e da Turquia. O resultado foi um aumento no número de fatalidades: segundo estimativas da Organização Internacional para Migração (IOM, em sua sigla em inglês), foram 2.081 mortos no Mediterrâneo em 2014 e, até agora, o número de vítimas da travessia entre Europa e África já ultrapassa 2.700 em 2015.
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      Além disso, países da fronteira do continente, como Itália e Grécia, têm arcado com a maior parte do ônus da crise humanitária, normalmente, sem condições operacionais para fazê-lo. Só na última semana de agosto, 23 mil refugiados aportaram no litoral grego, segundo a Frontex.
      Em um último desdobramento, o fluxo repentino de imigrantes que chegam via países do leste europeu foi o elemento final para a eclosão da crise humanitária vista hoje. “Os Estados europeus estavam muito focados em um único ponto nos últimos meses – o Mediterrâneo – e perderam de vista novos desenvolvimentos e novas rotas que se abriram no leste. Foram pegos de surpresa pelo fluxo repentino de pessoas pela região ocidental dos Bálcãs, em Estados que têm sistemas de asilo fracos e não têm a capacidade necessária de lidar com números grandes de migrantes e refugiados. A abordagem pautada por acontecimentos levou a um jogo de culpa entre os Estados membros, sem unidade”, diz Martijn Pluim, diretor do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Política Migratória (ICMPD, em sua sigla em inglês), baseado em Viena.
      Imigrantes lutam por comida durante a saída de Budapeste. Impedidos de embarcar de trem, milhares de refugiados seguiram para a Áustria a pé (Foto: AP Photo/Frank Augstein)
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      A falha em agilizar o processo e oferecer segurança no trânsito de refugiados virou terreno fértil para os coiotes e traficantes de pessoas. Além dos mortos no Mediterrâneo, a recente descoberta na Áustria de um caminhão com 71 pessoas mortas, vítimas abandonadas por seus transportadores, somou-se como mais um trágico exemplo da falência da política de repressão aos fluxos migratórios. “Gangues de contrabandistas são um sintoma, um resultado das fronteiras fechadas. É por isso que ter uma abordagem de aplicação da lei, de arrocho nas fronteiras e combate ao crime organizado não será suficiente para solucionar o problema e salvar vidas”, afirma Pluim. “Refugiados fugindo da guerra não vão parar de vir porque há um controle maior nas fronteiras. A União Europeia deve aumentar os caminhos legais para refugiados na Europa, garantindo a eles passagem segura”, diz o especialista.
      Por que a crise humanitária atingiu a proporção atual?

      O maior obstáculo para uma solução ágil ao caos humanitário na Europa é a falta de unidade entre os países do continente na resposta tanto ao trânsito de refugiados quanto aos pleitos de asilo. De acordo com determinação da União Europeia, o pedido de asilo deve ser realizado no país em que o imigrante chega. No entanto, ao avaliar as diferenças entre o tratamento dado aos pleiteantes e à agilidade do processo em locais como Alemanha e países nórdicos, refugiados têm optado por arriscar a travessia do continente em rotas pelo leste europeu, na esperança de chegar a locais nos quais serão mais bem recebidos e terão mais chance em conseguir asilo. A situação levou a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, a anunciar na semana passada, junto à França, que exigirá de países integrantes da União Europeia o estabelecimento de cotas para receber refugiados.

      “Com algumas notáveis exceções, há no momento uma falta de liderança e vontade política para lidar com os desafios da migração que a Europa é capaz de lidar”, diz Ryan Schroeder, da Organização Internacional para Migração (IOM). “Por muito tempo, migração tem sido uma questão pela qual políticos podem perder ou ganhar eleições. Políticos na Europa tem infelizmente culpado imigrantes por problemas estruturais e geopolíticos que não são sua culpa. Eles estão ganhando votos nas cotas de imigrantes e estão piorando o clima contra migração no continente”, afirma.

      Na Hungria, por exemplo, desde esta sexta-feira (4), refugiados e pleiteantes de asilo se encontram sob o risco de prisão – um pacote de leis aprovado pelo parlamento húngaro prevê uma pena de até três anos para quem cruze a fronteira do país de maneira ilegal. O primeiro-ministro do país, Viktor Órban, de extrema direita, argumenta que precisa “proteger o cristianismo europeu”.
      O que a Europa deve fazer?

      Entidades defensoras de direitos humanos e centros de pesquisa sobre migração reiteraram: a crise não se refere à capacidade da Europa em receber essas pessoas – a crise é política. “Trata-se de um desafio político que requer liderança política como resposta – e não uma questão de capacidade de absorver os imigrantes recentes”, escreveu em artigo Kenneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch (HRW). Roth aponta que os mais de 300 mil recém-chegados ao continente representam em torno de 0,06% da população da União Europeia – refutando a tese de que a Europa se encontra ameaçada por uma “invasão”.

      Além disso, de acordo com relatório de 2014 do Acnur, os países que mais abrigam refugiados no mundo ainda são Paquistão, Líbano, Irã, Turquia e Jordânia – nações com condições econômicas e de desenvolvimento evidentemente inferiores a dos países europeus. Em termos per capita, Líbano e Jordânia são os líderes no quesito abrigo a refugiados. “A Europa está enfrentando a hora da verdade. Este é o momento de reafirmar os valores em cima dos quais ela se ergueu”, afirmou nesta semana o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Antonio Guterres.
      O que você pode fazer para ajudar?
      O Alto Comissariado para Refugiados das Nações Unidas (Acnur), um dos principais órgãos globais a atuar com a questão dos refugiados, recebe doações direcionadas às suas operações em áreas como Síria, Iraque e Sudão. Clique aqui para saber mais.

      No Brasil, organizações como a Cáritas em São Paulo e a Cáritas no Rio de Janeiro também atendem populações migrantes em risco e refugiados e aceitam doações.

      Outras organizações podem ser encontradas aqui. 

      Vídeo
      Publicado em 9 de mai de 2016
      Em 2016 190 Mil Refugiados Chegaram ao Europa, pontos de Entrada de Refugiados e lares de refugiados. 08/05/2016
      Assista o vídeo através do Linkhttps://youtu.be/mWlXVdGGiOU












      Vídeo
      Publicado em 9 de mai de 2016
      Em 2016 190 Mil Refugiados Chegaram ao Europa, pontos de Entrada de Refugiados e lares de refugiados. 08/05/2016



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